Denomina-se série estatística toda tabela que apresenta a distribuição de um conjunto de dados estatísticos em função da época, do local ou da espécie (fenômeno).
A apresentação tabular - tabela - é uma apresentação numérica que consiste em dispor os dados em linhas e colunas distribuídas de modo ordenado, segundo algumas regras práticas definidas pelo Conselho Nacional de Estatística e pelo IBGE.
As tabelas apresentam a vantagem de conseguir expor, sinteticamente em um só local, os resultados sobre determinado assunto, de forma a se obter uma visão global mais rápida do que se pretende analisar.
A integração de valores contidos nas tabelas favorece a utilização de representações gráficas, geralmente, uma maneira mais útil e elegante de demonstrar as características que serão analisadas.
Uma tabela compõe-se de:
Exemplo:
Devem-se considerar ainda os elementos complementares da tabela: fonte, chamadas e notas, colocadas, de preferência, no seu rodapé.
Na construção de tabelas, os dados são apresentados em colunas verticais e linhas horizontais, conforme a classificação dos resultados da pesquisa.
Em uma série estatística observamos a existência de três elementos ou fatores: o tempo, o espaço e a espécie.
Conforme varie um dos elementos da série, podemos classificá-la em histórica (ou temporal), geográfica e específica.
Uma tabela e mesmo um gráfico deve apresentar o cabeçalho com título, o corpo e o rodapé.
O cabeçalho com título deve conter o suficiente para compreender os seguintes elementos fundamentais:
O corpo é reservado para o registro dos dados.
O rodapé é reservado para a identificação da fonte de dados.
É a série estatística cujos dados são observados segundo a época de ocorrência.
O tempo é variável; o fato e o local são fixos.
Descreve os valores da variável, em determinado local, discriminados segundo intervalos de tempo variáveis.
Denomina-se série estatística toda tabela que apresenta a distribuição de um conjunto de dados estatísticos em função da época, do local ou da espécie (fenômeno).
Exemplo: produção agrícola na PB de 2004 a 2009
Ano | produção (R$ 1.000.000) |
---|---|
2004 | 4,5 |
2005 | 5,3 |
2006 | 4,9 |
2007 | 5,1 |
2008 | 6,8 |
2009 | 7,1 |
É a série estatística cujos dados são observados segundo a localidade de ocorrência.
O local varia; o tempo e o fato são fixos.
Descreve os valores da variável, em determinado instante, discriminados segundo regiões.
Exemplo: percentual do PIB destinado à educação por país.
Ano | Percentual |
---|---|
EUA | 2,5 |
Brasil | 1,0 |
Japão | 7,1 |
México | 0,8 |
É a série estatística cujos dados são agrupados segundo a modalidade de ocorrência.
Fato variável, tempo e local fixos.
Descreve os valores da variável, em determinado tempo e local, discriminados segundo especificações ou categorias.
Exemplo: PIB por setor econômico no Brasil em 2009
Setor | PIB (US$ 1.000.000) |
---|---|
Primário | 12,5 |
Secundário | 5,8 |
Terceário | 279,1 |
É uma combinação de duas ou mais dos 3 tipos de séries anteriores.
Muitas vezes temos necessidade de apresentar, em uma única tabela, a variação de valores de mais de uma variável, isto é, fazer uma conjugação de duas ou mais séries.
Conjugando duas séries em uma única tabela, obtemos uma tabela de dupla entrada.
Em uma tabela desse tipo ficam criadas duas ordens de classificação: uma horizontal (linha) e uma vertical (coluna).
Exemplo: produção agrícola dos principais produtos, por região no Brasil, em 2009, com valores em milhões de toneladas.
Região | Grão | Frutas | Legumes | Outros | Total |
---|---|---|---|---|---|
Norte | 1,5 | 45,2 | 5,4 | 0,5 | 52,6 |
Nordeste | 2,4 | 120,0 | 1,2 | 4,5 | 128,1 |
Centro-Oeste | 10,5 | 10,5 | 4,2 | 1,5 | 26,7 |
Sudeste | 50,7 | 100,1 | 10,2 | 5,9 | 166,9 |
Sul | 12,5 | 75,0 | 15,2 | 5,2 | 107,9 |
No estudo sobre formas de apresentação de dados estatísticos, principalmente quando se planeja proceder a uma análise exploratória ou descritiva para uma variável, será apontado que em muitos casos pode ser mais conveniente a apresentação de resultados na forma relativa ao invés de na forma absoluta.
Os dados estatísticos resultantes da coleta direta da fonte, sem outra manipulação senão a contagem ou medida, são chamados dados absolutos.
Por exemplo, se dissermos “uma sala possui 20 alunos”, esses dados são considerados absolutos.
A leitura dos dados absolutos é sempre enfadonha e inexpressiva, embora esses dados traduzam um resultado exato e fiel, não têm a virtude de ressaltar de imediato as suas conclusões numéricas.
Daí o uso imprescindível que faz a Estatística dos dados relativos.
Dados relativos: resultado de comparações por quocientes (razões) que se estabelecem entre dados absolutos, e têm por finalidade realçar ou facilitar as comparações entre quantidades.
Traduzem-se os dados relativos, em geral, por meio de porcentagens, índices, coeficientes e taxas.
O emprego da porcentagem é de grande valia quando queremos destacar a participação da parte no todo.
Formalmente, PORCENTAGEM é uma RAZÃO cujo CONSEQUENTE (DENOMINADOR) é 100.
Se p = porcentagem, P é o valor da Parte e B é o valor do todo (ou Base), então pela definição:
$\frac{p}{100}$ = $\frac{P}{B}$
Exemplo: série com as matrículas nas escolas da cidade A.
Categoria | Número de alunos |
---|---|
Ensino Fundamental | 19286 |
Ensino Médio | 1681 |
Ensino Superior | 234 |
Total | 21201 |
Calculemos as porcentagens dos alunos de cada nível.
Categoria | Cálculo | Resultado | Percentual |
---|---|---|---|
Ensino Fundamental | $\frac{19286 x 100}{21201}$ | 90,98% | 91,0% |
Ensino Médio | $\frac{1681 x 100}{21201}$ | 7,92 | 7,9% |
Ensino Superior | $\frac{234 x 100}{21201}$ | 1,10 | 1,1% |
Com esses dados, podemos formar uma nova coluna na série em estudo: percentual.
Exemplo: Matrícula nas escolas da cidade A com percentual.
Categoria | Número de alunos | Percentual |
---|---|---|
Ensino Fundamental | 19286 | 91,0% |
Ensino Médio | 1681 | 7,9% |
Ensino Superior | 234 | 1,1% |
Total | 21201 | 100,0% |
Os valores dessa nova coluna nos dizem que, de cada 100 alunos da cidade A, 91 estão matriculados no Ensino Fundamental; 8, aproximadamente, no Ensino Médio e 1 no Ensino Superior.
O emprego da porcentagem é de grande valia quando é nosso intuito destacar a participação da parte no todo.
Consideremos, agora, as séries com as matrículas nas escolas das cidades A e B.
Categoria | Cidade A | Cidade B |
---|---|---|
Ensino Fundamental | 19286 | 38660 |
Ensino Médio | 1681 | 3399 |
Ensino Superior | 234 | 424 |
Total | 21201 | 42483 |
Qual das cidades tem, comparativamente, maior número de alunos em cada nível?
Como o número total de alunos é diferente nas duas cidades, não é fácil concluir a respeito usando os dados absolutos.
Porém, usando as porcentagens, tal tarefa fica bastante facilitada.
Assim, acrescentando, na tabela anterior, as colunas correspondentes às porcentagens, obtemos as matrículas nas escolas das cidades A e B com percentuais.
Categoria | Cidade A | Percentual | Cidade B | Percentual |
---|---|---|---|---|
Ensino Fundamental | 19286 | 91,0 | 38660 | 91,0 |
Ensino Médio | 1681 | 7,9 | 3399 | 8,0 |
Ensino Superior | 234 | 1,1 | 424 | 1,0 |
Total | 21201 | 100,0 | 42483 | 100,0 |
O que nos permite dizer que, comparativamente, contam, praticamente, com o mesmo número percentual de alunos em cada nível.
Observações:
São exemplos de índices:
Índices Econômicos:
São exemplos de coeficientes:
Coeficientes Educacionais:
São exemplos de taxas:
Exemplo:
O Estado A apresentou 733.986 matrículas na 1ª série, no início do ano de 2017, e 683.816 no fim do ano.
O Estado B apresentou, respectivamente, 436.127 e 412.457 matrículas.
Qual é o Estado que apresentou maior evasão escolar?
Resposta:
O Estado que apresentou maior evasão escolar foi o Estado A: