Embora o cálculo das probabilidades pertença ao campo da Matemática, sua inclusão neste curso se justifica pelo fato de a maioria dos fenômenos de que trata a Estatística ser de natureza aleatória ou probabilística.
Consequentemente, o conhecimento dos aspectos fundamentais do cálculo de probabilidades é uma necessidade essencial para o estudo de Estatística Indutiva ou Inferencial.
A Estatística também é um ramo da Matemática.
O estudo das probabilidades foi motivado inicialmente pelos jogos, encontrando posteriormente aplicações em outros campos, como a genética, a medicina, a economia, a política e outros setores da atividade humana em que há necessidade de prever a ocorrência de determinado fato.
A teoria das Probabilidades utiliza uma linguagem muito própria que é preciso assimilar.
Experimento aleatório é todo experimento que, mesmo repetido, várias vezes, sob condições semelhantes, apresenta resultados imprevisíveis, dentre os resultados possíveis.
Exemplos:
Espaço amostral de um experimento aleatório é o conjunto de todos os resultados possíveis desse experimento. Notação: S
Exemplos:
Evento é todo subconjunto de um espaço amostral S de um experimento aleatório. Notação: E
Exemplos de eventos:
a) No lançamento de duas moedas
b) No lançamento de dois dados
Portanto, o número de elementos do evento E2 é n(E2) = 12.
Alguns eventos particulares, através de exemplos:
Evento que possui os mesmos elementos do espaço amostral, (E=S).
Evento igual ao conjunto vazio.
O evento simples possui um único elemento.
Se A é um evento de um espaço amostral S, o evento complementar de A indicado por A′, $A^c$ ou $\bar A$ tal, que $A^c$ = S – A.
Exemplos:
Eventos são mutuamente exclusivos quando sua realização exclui a realização do(s) outro(s).
Assim, no lançamento de uma moeda, o evento “tirar cara” e o evento “tirar coroa”, já que, ao se realizar um deles, o outro não se realiza.
Se dois eventos são mutuamente exclusivos, a probabilidade de que um ou outro se realize é igual à soma das probabilidades de que cada um se realize. p = p1 + p2.
Ex.: Lançamos um dado. A probabilidade de se tirar o 3 ou o 5 é: p = 1/6 + 1/6 = 2/6 = 1/3, pois os dois eventos são mutuamente exclusivos.
Dois eventos são mutuamente exclusivos quando a ocorrência de um implica a não-ocorrência do outro. Se A e B são eventos mutuamente exclusivos, então$A \cap B = \varnothing$.
Dois eventos são independentes quando a realização ou a não-realização de um dos eventos não afeta a probabilidade da realização do outro e vice-versa.
Quando lançamos dois dados, o resultado obtido em um deles independe do resultado no outro.
Se dois eventos são independentes, a probabilidade de que se realizem simultaneamente é igual ao produto das probabilidades de realização dos dois eventos. p = p1 x p2.
Ex.: No lançamento de dois dados, qual é a probabilidade de se obter 1 no primeiro dado e 5 no segundo dado? p = 1/6 x 1/6 = 1/36.
Dado um experimento aleatório, sendo S o seu espaço amostral, vamos admitir que todos os elementos de S tenham a mesma chance de acontecer, ou seja, que S é um conjunto equiprovável.
Chamamos de probabilidade de um evento A (A Ϲ S) o número real P(A), tal que $P(A) = \frac{n(A)}{n(S)}$, onde:
Ou melhor, se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a probabilidade de ocorrer um evento A é:
$P(A) = \frac{número-casos-favoráveis}{número-casos-possíveis}$
Exemplos:
Considerando o lançamento de um dado, calcular
a) a probabilidade do evento A “obter um número ímpar na face superior”:
b) a probabilidade do evento B “obter um número menor ou igual a 6 na face superior”:
c) a probabilidade do evento C “obter o número 4 na face superior”:
d) a probabilidade do evento D “obter um número maior que 6 na face superior”:
Pelos exemplos, pode-se concluir que, sendo n(S) = n: