Modelos e algoritmos de Aprendizado de Máquina (ML) constituem a espinha dorsal dessa disciplina tecnológica em constante evolução, constituindo a chave para transformar dados brutos em insights valiosos, permitindo que as máquinas aprendam a partir de padrões e tomem decisões inteligentes.
Alguns dos principais conceitos relacionados a modelos e algoritmos de ML são:
Em resumo, modelos e algoritmos de ML são a base da tomada de decisões automatizadas e análise de dados em uma variedade de domínios. Eles permitem que as máquinas aprendam e se adaptem a partir de dados, desempenhando um papel fundamental na revolução da inteligência artificial e no avanço tecnológico.
Os modelos de regressão são um conjunto fundamental de técnicas nos campos da estatística e do Aprendizado de Máquina (ML), usados para modelar a relação entre variáveis independentes e dependentes, sendo amplamente empregados para prever valores contínuos e entender as relações entre diferentes características dos dados. São aplicados em uma ampla variedade de domínios, como finanças, economia, medicina, engenharia e ciências sociais. Eles são usados para prever preços, estimar tendências, analisar relacionamentos entre variáveis e tomar decisões baseadas em dados.
Os principais modelos de regressão são:
Métricas como erro quadrático médio (MSE - Mean Squared Error), erro absoluto médio (MAE - Mean Absolute Error) e coeficiente de determinação (R²) são frequentemente usadas para avaliar a qualidade dos modelos de regressão. O MSE e o MAE medem a diferença entre as previsões e os valores reais, enquanto o R² indica a proporção da variabilidade dos valores dependentes que é explicada pelo modelo.
Em resumo, os modelos de regressão são uma ferramenta essencial para análise de dados e previsão de valores contínuos, fornecendo insights valiosos sobre as relações entre variáveis e ajudando na tomada de decisões informadas com base em padrões observados nos dados.
A regressão linear é um dos algoritmos mais simples e amplamente utilizados no campo de ML, especialmente na área de Aprendizado Supervisionado.
É uma técnica que visa estabelecer uma relação linear entre uma variável dependente (ou variável de saída) e uma ou mais variáveis independentes (ou variáveis de entrada).
Essa relação linear é usada para fazer previsões ou estimativas numéricas, sendo amplamente aplicada em problemas de previsão e análise de tendências, onde tentamos encontrar um ajuste linear que melhor represente a relação entre as variáveis.
A forma mais básica de regressão linear é conhecida como regressão linear simples, que envolve apenas uma variável independente e uma variável dependente.
Sua equação é dada por: $y = mx + b$, onde $y$ é a variável dependente que desejamos prever ou explicar, $x$ é a variável independente, que também chamamos de recurso ou característica, $m$ é a inclinação da linha de regressão, representando a mudança na variável dependente para uma mudança unitária na variável independente, e $b$ é o coeficiente linear, representando o valor de $y$ quando $x$ é igual a zero.
O objetivo da regressão linear é encontrar os valores ideais para $m$ e $b$ de forma que a linha de regressão se ajuste melhor aos dados disponíveis, minimizando a soma dos erros quadráticos entre as previsões do modelo e os valores reais (conhecidos como resíduos).
Quando lidamos com várias variáveis independentes, temos a regressão linear Múltipla, cuja equação é dada por: $y$ = $b_0 + b_1 x_1 + b_2 x_2 + ... + b_n x_n$, onde $y$ é a variável dependente, $b_0$ é o coeficiente linear (intercepto), $b_1$ a $b_n$ são os coeficientes de inclinação para cada uma das variáveis independentes $x_1$ a $x_n$.
Os coeficientes $b$ são estimados durante o treinamento do modelo usando cálculos métodos como o método dos mínimos quadrados ou métodos de otimização.
A regressão linear pode ser aplicada em problemas de previsão de preços, estimativas de vendas, análise de correlação entre variáveis, entre outros. Embora seja uma técnica simples, pode fornecer informações valiosas e é frequentemente usada como uma base para modelos mais complexos.
A regressão logística é um algoritmo de ML que se enquadra na categoria de modelos de classificação, mais especificamente, em problemas de classificação binária, onde o objetivo é prever uma das duas classes possíveis: "0" ou "1", "sim" ou "não", "verdadeiro" ou "falso", etc.
Apesar do nome "regressão" estar presente, a regressão logística é um modelo de classificação e não de regressão. A diferença chave entre a regressão linear e a regressão logística é que a última é usada para estimar a probabilidade de uma observação pertencer a uma classe específica, enquanto a regressão linear é usada para prever um valor contínuo.
A regressão logística utiliza a função logística (ou sigmoide) para mapear a saída da regressão linear para o intervalo (0, 1), interpretando essa saída como a probabilidade de uma observação pertencer à classe positiva (1) em um problema binário.
A equação da regressão logística é dada por: $P(y = 1|x) = \frac{1}{1 + e^{-(b_0 + b_1 x_1 + b_2 x_2 + ... + b_n x_n)}}$, onde $P(y=1|x)$ é a probabilidade da variável dependente $y$ ser igual a 1 (pertencer à classe positiva), dado um conjunto de valores $x$ das variáveis independentes, $b_0$ é o coeficiente linear (intercepto), $b_1$ a $b_n$ são os coeficientes de inclinação para cada uma das variáveis independentes $x_1$ a $x_n$. A regressão logística é treinada utilizando um conjunto de dados rotulados, onde as variáveis independentes $x$ e suas respectivas classes $y$ são conhecidas. O objetivo do treinamento é ajustar os coeficientes $b$ para maximizar a probabilidade de o modelo prever corretamente as classes existentes.
Durante o processo de treinamento, é comum usar técnicas de otimização, como o gradiente descendente (gradient descent), para encontrar os valores ideais dos coeficientes $b$ que minimizam a função de custo, que mede a discrepância entre as previsões do modelo e os rótulos reais.
A regressão logística é amplamente utilizada em problemas de classificação binária, como detecção de spam, diagnóstico médico (doença vs. saudável), previsão de inadimplência em empréstimos, entre outros. Além disso, é comumente usada como um componente em modelos de classificação mais complexos e em algoritmos de ML mais avançados, como redes neurais.
A regressão Ridge é uma técnica valiosa de ML que lida com o problema de multicolinearidade, onde as variáveis independentes em um modelo de regressão estão altamente correlacionadas.
O cálculo do erro quadrático médio (MSE) nos fornece uma medida da qualidade das previsões do modelo, enquanto a análise dos coeficientes estimados ajuda a entender quais variáveis independentes têm mais impacto nas previsões.
Os modelos de classificação são um conjunto crucial de técnicas no campo do Aprendizado de Máquina (ML), que são usados para categorizar dados em classes ou categorias predefinidas, desempenhando um papel fundamental em diversas aplicações, desde diagnósticos médicos até análise de sentimentos em textos, classificação de texto e imagem, detecção de fraudes, diagnósticos médicos, entre outros. Eles permitem automatizar a tomada de decisões com base em padrões encontrados nos dados.
Alguns dos principais modelos de classificação são:
Métricas como precisão (precision), revocação (recall), escore-F1 (F1 score) e matriz de confusão (confusion matrix) são frequentemente usadas para avaliar modelos de classificação. A precisão mede a proporção de previsões corretas em relação ao total de previsões, enquanto a revocação mede a proporção de instâncias corretamente classificadas de uma classe específica.
Em resumo, os modelos de classificação são ferramentas essenciais para categorizar dados em classes, permitindo que os algoritmos tomem decisões informadas em uma variedade de cenários. Eles oferecem uma gama diversificada de técnicas, desde os métodos mais simples até as abordagens de aprendizado profundo, impulsionando a eficiência e a precisão das aplicações de ML.
As árvores de decisão são modelos de ML amplamente utilizados que oferecem uma abordagem intuitiva para a tomada de decisões com base em características dos dados, sendo bastante populares devido à sua simplicidade interpretativa e capacidade de lidar com uma variedade de problemas, desde classificação até regressão, além de serem capazes de lidar com dados categóricos e numéricos.
Uma árvore de decisão toma decisões com base em um fluxo hierárquico de perguntas, as quais dividem o conjunto de dados em subconjuntos menores até que a resposta final seja obtida. Cada nó da árvore representa uma pergunta sobre uma característica específica do conjunto de dados, enquanto os ramos conectam os nós e representam as possíveis respostas para cada pergunta. A medida de "pureza" (ou impureza) é usada para avaliar quão bem uma pergunta divide o conjunto de dados em classes distintas.
Alguns detalhes dos modelos de Árvores de Decisão:
As árvores de decisão são uma classe versátil de modelos de ML que oferecem uma abordagem intuitiva para a tomada de decisões com base em características dos dados. Com sua simplicidade interpretativa e capacidade de lidar com uma variedade de problemas, elas continuam sendo uma ferramenta valiosa em muitas aplicações de ML.
O processo de construção da árvore de decisão envolve três etapas principais:
Após a construção da árvore de decisão, podemos usá-la para fazer previsões para novos dados, percorrendo a árvore de acordo com as respostas às perguntas sobre as características dos dados de entrada.
As árvores de decisão são populares devido à sua interpretabilidade e à capacidade de lidar com conjuntos de dados de qualquer tamanho. Além disso, permitem que os usuários compreendam facilmente as decisões tomadas pelo modelo. No entanto, elas também têm limitações, como a tendência de criar árvores profundas que podem levar ao sobreajuste. Para mitigar esse problema, técnicas de poda, limite de profundidade máxima ou uso de florestas aleatórias (random forests) podem ser aplicadas.
O algoritmo de Florestas Aleatórias (Random Forests) pertence à categoria de modelos de conjunto (ensemble), ou seja, modelos que combinam várias técnicas para melhorar o desempenho e a capacidade de generalização.
A floresta aleatória é uma extensão das árvores de decisão e usa uma abordagem de combinação chamada "bagging" (ensacamento, ou bootstrap aggregating, agregação de inicialização) para construir um modelo mais robusto e preciso.
A ideia central das florestas aleatórias é criar múltiplas árvores de decisão em um processo aleatório, onde cada árvore é treinada em diferentes subconjuntos dos dados de treinamento. Essa aleatoriedade e diversidade das árvores ajudam a reduzir o sobreajuste e melhoram o desempenho geral do modelo.
O processo de criação de uma floresta aleatória envolve os seguintes passos:
A principal vantagem das florestas aleatórias é sua capacidade de reduzir o sobreajuste (overfitting), fornecendo uma melhor generalização para dados não vistos. Além disso, elas são menos sensíveis a valores discrepantes ou extremos (outliers) nos dados de treinamento, tornando-os mais robustos, e trabalham bem com conjuntos de dados grandes e de alta dimensionalidade. Outro benefício é a capacidade de estimar a importância de cada característica, fornecendo informações adicionais sobre quais características têm maior influência nas previsões do modelo.
Devido a essas vantagens, as florestas aleatórias são amplamente utilizadas em uma variedade de problemas, incluindo classificação, regressão e tarefas de detecção de anomalias, entre outros. É uma técnica robusta e poderosa, especialmente quando combinada com boas práticas de pré-processamento de dados e ajuste de hiperparâmetros.
Os algorítmos de Máquinas de Vetores de Suporte (SVM - Support Vector Machines) são aplicados em problemas de classificação e regressão, mais comumente classificação, onde seu desempenho é notável, especialmente em problemas de separação de classes linearmente não separáveis.
O objetivo principal do SVM é encontrar o hiperplano (uma superfície de separação) que melhor divide as classes no espaço multidimensional do conjunto de dados, o qual é escolhido de forma que a margem (distância) entre os casos mais próximos de cada classe seja maximizada.
Os passos principais para construir um SVM são os seguintes:
A ideia por trás do SVM é encontrar o hiperplano que oferece a melhor separação entre as classes e é o mais robusto possível para dados futuros, proporcionando uma boa capacidade de generalização. Além disso, o uso do truque de kernel permite que o modelo SVM lide com problemas de classificação não linear, tornando-o uma ferramenta poderosa e versátil.
As SVMs são amplamente usadas em problemas de classificação, como reconhecimento de padrões, diagnósticos médicos, análise de texto, entre muitos outros. Seus pontos fortes incluem eficácia em espaços de alta dimensionalidade e a capacidade de generalizar bem para novos dados, embora também tenham algumas desvantagens, como o custo computacional mais elevado em conjuntos de dados muito grandes. No entanto, com os avanços no hardware e técnicas de otimização, as SVMs continuam sendo uma das escolhas populares para problemas de classificação em Aprendizado de Máquina.
O algoritmo K-Vizinhos Mais Próximos (KNN - K-Nearest Neighbors) é um dos métodos mais simples e intuitivos de aprendizado supervisionado, utilizado tanto com problemas de classificação quanto de regressão, com objetivo de classificar uma amostra desconhecida (ou prever um valor desconhecido em problemas de regressão) com base nos rótulos das amostras vizinhas mais próximas presentes no conjunto de treinamento.
A ideia fundamental do KNN é que amostras similares tendem a pertencer à mesma classe ou ter valores próximos em problemas de regressão.
Funcionamento básico do KNN para problemas de classificação:
Para problemas de regressão, em vez de votação, o KNN faz uma média dos valores dos "k" vizinhos mais próximos e retorna essa média como a previsão para a amostra desconhecida.
A escolha adequada do valor de "k" é crucial para o desempenho do algoritmo. Valores pequenos de "k" (por exemplo, k = 1) tornam o modelo mais sensível ao ruído e mais suscetível a sobreajuste, enquanto valores grandes de "k" podem levar a uma perda de detalhes nas fronteiras das classes.
O KNN é um algoritmo simples e fácil de entender, e pode ser útil em situações em que a estrutura dos dados é complexa e não linear. Entretanto, pode ser computacionalmente caro para conjuntos de dados grandes, uma vez que exige uma busca pelos vizinhos mais próximos para cada amostra desconhecida. Técnicas de otimização, como o uso de árvores KD (K-D Trees), podem ser aplicadas para acelerar o processo de busca.
Os poderosos modelos de ML das Redes Neurais Artificiais (RNA - Artificial Neural Networks) são inspirados no funcionamento do cérebro humano, sendo compostas por unidades interconectadas chamadas neurônios artificiais (ou "nós") e organizadas em camadas.
Cada neurônio recebe entradas, realiza operações matemáticas nelas e gera uma saída que é transmitida para outros neurônios na rede.
As Redes Neurais Artificiais podem ser aplicadas em problemas de classificação, regressão, processamento de linguagem natural, visão computacional, reconhecimento de padrões, entre outros.
Aqui está uma descrição detalhada do funcionamento básico de uma RNA:
As Redes Neurais Artificiais são capazes de aprender representações complexas dos dados e podem se adaptar a uma variedade de problemas de Aprendizado de Máquina. No entanto, treinar redes neurais profundas pode exigir grandes quantidades de dados e poder computacional. Com os avanços em hardware e algoritmos, as RNAs têm alcançado resultados impressionantes em uma variedade de domínios, tornando-se uma das ferramentas mais poderosas do Aprendizado de Máquina moderno.
Os modelos e algoritmos de ML são a essência do campo da Inteligência Artificial e da Ciência de Dados, sendo responsáveis por permitir que os computadores "aprendam" a partir dos dados, façam previsões, classifiquem informações, agrupem dados e tomem decisões com base em padrões identificados nos dados. São muitos, existem diversos tipos de algoritmos dos modelos de ML, cada um projetado para resolver diferentes tipos de problemas e se adaptar a diferentes tipos de dados.
A seguir uma longa lista com mais de 200 modelos e algoritmos: